sexta-feira, 23 de abril de 2010

Apicultores de dobram produção com florada de eucalipto

Apicultores de dobram produção com florada de eucalipto

Apicultores preparam abelhas para colheita do mel

Campo Grande - Nos últimos meses, os altos índices de precipitação pluviométrica tem causado prejuízos econômicos em quase todas as regiões do país. Em Mato Grosso do Sul, um setor bastante afetado negativamente foi o da apicultura. O excesso de água lava o pólen das flores, e impede a abelha de sair da colméia, estagnando a produção do mel.

“Entre agosto e dezembro do ano passado, praticamente não tivemos colheita por causa da chuva”, relembra o consultor do Sebrae/MS, Gustavo Nadeu Bijos. Segundo ele, de junho a outubro de 2009 a queda na produção foi de mais de 50%.

A situação teria sido a mesma no começo deste ano para os produtores da região do Bolsão, na parte leste do estado, se não fosse a alternativa encontrada pelos apicultores locais. Em uma parceria com a Fibria, indústria do setor de celulose e papel, os produtores encontraram na integração entre silvicultura e apicultura a possibilidade de aumentar a produção mesmo com o mal tempo.

“Desde o final do ano passado os apicultores colocaram colméias nos corredores dos hortos de eucaliptos da empresa”, relata Bijos. A área total da plantação é de aproximadamente 240 mil hectares, e oito mil hectares são destinados aos criadores de abelhas.

“O eucalipto tem uma florada muito rápida. Mesmo com uma chuvarada, se der alguns dias de sol já dá pra colher bastante”, conta Wilmar Arantes, apicultor da Associação de Apicultores de Três Lagoas (APITL) que também mantém suas colméias na área da empresa. “Se não fosse a floresta, agora a gente não estaria colhendo nada”.

Além de Arantes, outros 25 produtores das cidades de Brasilândia, Cassilândia e Três Lagoas também integram a parceria que é pioneira em Mato Grosso do Sul, mas que já vem obtendo resultados expressivos em outros estados. Em Capão Bonito, no interior de São Paulo, onde a Fibria firmou o primeiro contrato no País com associações de apicultores, a produção local passou de pouco menos de nove para 50 toneladas em três anos de atividade.

O gerente de agronegócios do Sebrae/MS, Marcus Rodrigo de Faria se surpreende com o relatório parcial da apicultura na região do Bolsão. “Estima-se que os apicultores vão colher este ano entre 35 e 40 quilos de mel por colméia só com o eucalipto. É o dobro da média nacional, de apenas 16 quilos”. O mel de eucalipto tem um tempo de colheita até duas vezes menor que o tradicional, o que aumenta a produtividade. Mas, segundo Faria, este não é o único fator que contribuiu para os bons resultados. “Os produtores estão recebendo treinamento para realizar corretamente o manejo das abelhas”.

Para o presidente da APITL, Cláudio Koch, apesar dos números promissores a colheita foi apenas mediana comparada ao potencial do eucalipto. “Ainda estamos colhendo pouco. Se não estivesse chovendo tanto, iríamos atingir facilmente 60 a 70 quilos de mel por colméia”, estima. A família de Koch está no ramo da apicultura há 20 anos, e ele relembra que a colheita não chegava a 10 quilos nos primeiros tempos. Troca periódica da rainha, substituição de cera, controle sanitário e suplementação nutricional são alguns dos cuidados que os produtores devem tomar para que os resultados sejam proveitosos.

De acordo com Gustavo Bijos, o maior destinatário de toda essa produção crescente de mel na região tem sido o estado de São Paulo, que compra o produto bruto para ser envasado no interior. Além da venda direta para o comércio local, estão sendo estudados projetos para que boa parte da produção seja regularmente adquirida pelo município para a utilização na merenda escolar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Análise de mercado do eucalipto energético em Goiás

Análise de mercado do eucalipto energético em Goiás

20/04 - 15:00
Aumento na oferta, queda no preço

O mercado começa a registrar queda em algumas regiões do Estado, essa queda segundo os próprios compradores, está acontecendo em virtude do aumento da oferta da madeira de lenha nessas regiões.

De qualquer forma mesmo com a queda do preço, muitos compradores que não estavam comprando devido ao estoque realizado para o período chuvoso, já voltaram à compra, como no caso de Anápolis, Catalão, Goiânia, Senador Canedo dentre outros.

O projeto de lei reduzindo a carga tributária da madeira de reflorestamento de 17% para 3% nas operações interna, que foi proposta pela Secretaria da Fazenda - seguindo as sugestões da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), ainda está tramitando e no momento está na Procuradoria Geral do Estado.

Vale Lembrar que esse incentivo vai além da simples desoneração tributária parcial de insumo destinado a indústria goiana, pois, ao incentivar a utilização de madeira de reflorestamento, torna a utilização desta vantajosa em relação à madeira oriunda de desmatamento, contribuindo para a preservação da vegetação original, principalmente do cerrado que predomina em Goiás.

Cotações de Madeira de Eucaliptos

(R$/metro posto na indústria)

Municípios

Fev/10

Mar/10

Anápolis

-

90,00

Bela Vista

90,00

86,00

Catalão

-

85,00

Goiânia 1

90,00

86,00

Goiânia 2

-

90,00

Hidrolândia

95,00

83,00

Inhumas

-

-

Itumbiára

78,50

78,50

Jataí

-

-

Mineiros

s/c

s/c

Mozarlandia

90,00

87,50

Morrinhos

90,00

90,00

Palmeiras

75,00

75,00

Porangatu

s/c

s/c

Rio Verde 1

77,00

77,00

Rio Verde 2

-

-

Senador Canedo

-

90,00

São Luis M. Belos

96,50

90,00

São Luis M. Belos

90,00

90,00

São Simão

88,00

88,00

Uruaçú

85,00

85,00

Mínimo

75,00

75,00

Máximo

96,50

90,00

Média

87,08

85,66


A análise de mercado do eucalipto é realizada mensalmente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).

Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes

Responsável Técnico: Marcelo Lessa

FAEG - Federação da Agricultura do Estado de Goiás

terça-feira, 13 de abril de 2010

proposta que prevê incentivos e financiamento para produtores rurais que plantarem eucalipto

O governo do estado de Goiás apresentou no Condel/FCO (Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional do Centro-Oeste) uma proposta que prevê incentivos e financiamento para produtores rurais que plantarem eucalipto, seja para fim de fornecimento de lenha ou madeira para indústrias.

O debate surgiu a partir de uma necessidade de consumo da Caramuru Alimentos, uma das maiores consumidoras de madeira do estado, e representantes da Seplan (Secretaria Estadual de Planejamento) e da superintendência do Branco do Brasil em Goiás. Além da Caramuru, inúmeras empresas no estado utilizam a madeira de diversas maneiras, inclusive como lenha e carvão. Muitas delas têm reflorestamentos próprios, mas sabe-se da necessidade atual e futura de florestas energéticas. Com a aprovação da proposta do Fundo Deliberativo Constitucional, os financiamentos passam a ser direcionados aos produtores rurais e não apenas para as indústrias. Os produtores rurais devem utilizar os recursos na implantação de florestas de eucalipto em sistema de integração, com contratos de venda futura, preços e outras garantias.

Fonte: Revista Referência