sábado, 1 de janeiro de 2011

Fazendas antes sustentadas por lavoura e gado contabilizam lucros com eucalipto

Fazendas antes sustentadas por lavoura e gado contabilizam lucros com eucalipto

Diferentes experiências com o cultivo de eucalipto em propriedades sustentadas, tradicionalmente, por lavouras ou a criação de animais levaram à mesma percepção de rentabilidade do negócio nos município de Bocaiúva e Antônio Dias no Norte de Minas Gerais.

Os investimentos na implantação são em torno de R$ 4 mil e R$ 5 mil por hectare. O produtor que opta pela parceria com as grandes empresas de base florestal conta, em geral, com assistência técnica, além de receber mudas selecionadas, fertilizantes e outros insumos importantes no desenvolvimento das árvores.

A negociação com as empresas costuma ter como base os preços de mercado da madeira, cujo corte e entrega ficam por conta do fazendeiro florestal. Depois da crise financeira mundial de 2008, os preços na Região Central de Minas, por exemplo, se recuperaram da média de R$ 48 para R$ 54 por m³.

O Seu Benedito Gonçalves de Lima é agricultor e já reserva 201 hectares da Fazenda Mãe D’água, em Antônio Dias, ao plantio da floresta. O eucalipto acabou se tornando a principal atividade, com a vantagem de exigir um esforço concentrado no plantio e na colheita, de acordo com o produtor.

Na roça e na criação de gado, seu Benedito, conta que não contabilizava lucros nem de longe semelhantes ao da floresta, enfrentava altos custos de mão de obra e cumpria uma jornada excessiva de trabalho. “A floresta dá lucro 50% melhor que a criação do boi. Com a lavoura, nem se compara. Trabalhar na roça não compensa mais”, afirma o agricultor.

O produtor de leite Dílson Geraldo da Silva, dono da Fazenda São Pedro, de Bocaiúva, o eucalipto é uma nova promessa de diversificação e aumento da rentabilidade. O plantio de sete hectares, dos 140 ha de área da propriedade, foi feito há dois anos, com investimento total de R$ 5 mil. “Surgiu à oportunidade da floresta num sistema integrado na hora de renovar a pastagem.

Dílson Silva agora faz parte do programa agrosilvipastoril, desenvolvido pelo governo do estado junto à Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) .
A expectativa dele é obter um retorno de R$ 3 mil por hectare dentro de quatro anos, quando poderá vender a madeira para fabricação de carvão vegetal. Outra opção é aguardar por mais algum tempo até poder comercializar as árvores para a indústria de serraria.

Fonte: Estado de Minas – Adaptado por Painel Florestal

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